Re.qua.li.fi.car: qualificar de novo; melhorar (um espaço público) a nível ambiental, urbanístico, etc.; revitalizar; restaurar e/ou renovar

É necessário evidenciar a importância da implementação de projetos de manutenção e requalificação de percursos pedestres. Nos últimos 5 anos Portugal viu duplicar o número de percursos pedestres homologados e contamos agora com 7691 quilómetros. No entanto, se os benefícios da implementação de novos percursos são evidentes, a necessidade da execução de trabalhos contínuos de manutenção e requalificação dos mesmos é incontestável.

EM QUE CONSISTE UM PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DE PERCUSOS PEDESTRES?

Um projeto desta tipologia parte sempre de uma avaliação da qualidade e relevância do traçado já existente. Nesta primeira fase são analisados os pontos de interesse contemplados no percurso e o nível de segurança para quem o explora. A definição de um novo traçado depende da integração de novos pontos de interesse e da salvaguarda dos caminhantes e desportistas. 

Após um levantamento das necessidades do novo traçado, dá-se início aos trabalhos, não só de remoção de sinalética, como também de limpeza de marcações. Posteriormente, desenvolvem-se, produzem-se, instalam-se e pintam-se todos os elementos de sinalização vertical e horizontal. Considerando o fator de sustentabilidade subjacente a cada um dos nossos projetos, existe um re-aproveitamento de estruturas mais antigas, após confirmação da integridade das mesmas.

Por último, dá-se a avaliação e homologação do novo percurso implementado. Esta será a fase de confirmação tanto da qualidade do novo traçado, como da conformidade com as normas estipuladas para a implementação de percursos pedestres pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal.

O “PARA QUÊ” DA REQUALIFICAÇÃO

Um percurso não pode cair no esquecimento das entidades responsáveis. A implementação de um projeto de requalificação de uma rede de percursos tem dois objetivos principais. 

Primeiramente, um plano de requalificação garante que os percursos têm as condições necessárias para a sua exploração sem pôr em causa a segurança de quem o faz. Em segundo lugar, a atualização dos pontos de interesse contemplados ao longo dos traçados, garante a relevância e interesse dos mesmos. 

PORQUÊ REQUALIFICAR?

Quando integrada num projeto sustentável de Turismo de Natureza, uma rede de percursos irá favorecer uma região, beneficiando não só a população, como também o património endógeno. É por conseguinte do interesse das entidades responsáveis, que estes percursos se mantenham relevantes e seguros. 

O incremento da atividade turística é um fator impulsionador da economia local. Este crescimento acarreta benefícios para a restauração, hotelaria e comércio, que resulta em novas oportunidades de emprego e uma melhoria das condições de vida das comunidades.

Outro importante benefício aliado à implementação desta tipologia de projetos, é a criação de oportunidades de contacto com a cultura e a riqueza natural de uma região. Este reconhecimento e comunicação/exposição contínuos de diferentes elementos do património natural, cultural e construído, é o primeiro passo para a preservação dos mesmos.