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BioLiving

A Associação BIOLIVING é uma associação sem fins lucrativos, fundada em 2016 e alicerçada no lema “Natureza e Educação para Todos”. O seu trabalho foca-se em quatro eixos de atuação principais: Conservação da Natureza, Formação e Educação Ambiental, Monitorização e Consultoria Ambiental e Ação e Inclusão Social.

O modelo de atuação da BioLiving centra-se na proximidade com as comunidades, autarquias, escolas, empresas e outras ONGs, já que acredita que o trabalho em parceria e na primeira pessoa com as várias entidades e populações facilita o diálogo e a procura de soluções para a educação ambiental e conservação da natureza, e promove, de forma mais eficaz, o seu envolvimento e interesse nas questões ambientais.

Projeto a candidatura: Projeto Lusitanica

O projeto Lusitanica foi lançado em janeiro de 2021 pela Associação BIOLIVING, no entanto, já conta com trabalho realizado desde 2016. Este projeto ambiciona criar micro-reservas que proporcionem condições para que a biodiversidade possa prosperar, criando espaços de conservação e de contacto com a natureza, em Estarreja. Com este projeto tem sido possível envolver ativamente a comunidade local na conservação da biodiversidade, de forma a construir paisagens e modelos de gestão florestal mais sustentáveis.

O trabalho de sensibilização ambiental, permitiu criar oportunidades de parceria com proprietários florestais e, neste momento, o Lusitanica é um projeto com uma área de cerca de 2ha. O projeto conta também com o apoio do Município de Estarreja e parceria de algumas empresas locais.

Nos últimos 6 anos a associação já desenvolveu ações de restauro de galerias ripícolas para preservação e manutenção de linhas de água, evitando a erosão das margens; ações de plantação; remoção de espécies invasoras e espécies infestantes; construção de charcos para a vida selvagem; construção de abrigos para fauna; criação de trilhos pedestres; entre outros.

Estes trabalhos permitem então conservar espécies raras, endémicas e ameaçadas de risco de extinção local, criando novos habitats para a fauna e flora, diminuindo o risco de incêndio e protegendo os valores ecológicos locais.

A BIOLIVING desenvolve também vários programas de voluntariado ambiental e campos de trabalho internacionais com o apoio do IPDJ, atividades de educação ambiental para o público em geral, ações de formação científica para jovens universitários, entre outros.

Objetivos

Em Portugal são bastante vastas as áreas ocupadas por florestas exclusivamente de produção e, nas últimas décadas, também se tem vindo a assistir a um aumento da área ocupada por espécies invasoras. Assim, o ordenamento florestal em Portugal é ineficaz, resultando na degradação dos nossos ecossistemas e perda de biodiversidade.

O projeto Lusitanica tem vindo a trabalhar no sentido de contrariar este problema, recorrendo à conversão de espaços florestais degradados em floresta nativa, promovendo a biodiversidade e modelos de gestão florestal sustentável.

Pretende-se, com este projeto, mostrar que, por um lado, a preservação de pequenos espaços naturais pode ser fundamental para a conservação e beneficiação de espécies protegidas e, por outro, que é possível ter uma floresta que é ao mesmo tempo produtiva e biodiversa, recorrendo à utilização de espécies nativas de alto valor ecológico e produtivo através de modelos de gestão florestal sustentável.

Este trabalho feito com o apoio do Município de Estarreja e parceria de proprietários florestais tem resultado na alteração do uso dos seus terrenos para criação de manchas de floresta nativa, bem como com a adoção de medidas de gestão florestal mais sustentáveis, evitando-se o uso de agroquímicos. O envolvimento da população local nestes trabalhos de restauro ecológico é crucial para que a comunidade desenvolva um sentimento de pertença e queira proteger o seu património natural local.

A BIOLIVING ambiciona ainda que o projeto Lusitanica seja um local de excelência para educação e formação onde seja possível:

  • Educar o público para as questões da floresta e da proteção da natureza com atividades e visitas guiadas;
  • Trazer escolas para promover o contacto das crianças com a natureza;
  • Transformar este espaço num “laboratório vivo” onde estudantes universitários e investigadores possam desenvolver os seus projetos.
Publicado em 2022-12-09, em:
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